Exposição: uma necessidade
Expor a si mesmo é uma necessidade. E em tempos em que se você não está no Google, praticamente não existe, esta verdade ganha maior peso. Porém, uma parcela das pessoas prefere ocultar-se no anonimato. Não chamo de anonimato o esconder de sua identidade, mas o ato de ocultar suas idéias. E então estes tranformam-se em defensores da moral hipócrita; criticando com fervor qualquer pensamento divergente do sistema vigente. Como se o exercício da liberdade alheia trouxesse incômodo. Como se fosse preferível guardar suas mazelas para si mesmo do que publicá-las.
Boa parte dos e-mails que recebo tece duras críticas as minhas opiniões e ao meu “estilo” (ou falta dele) de escrever. Particularmente, me sinto honrado com comentários que desabonam minha linha de pensamento. Mas aos que xingam minha mãe ou me descrevem como satanista e herege, estes me proporcionam apenas momentos de riso.
A verdade é que internamente somos todos polêmicos. E à medida que nos tornamos pessoas influentes socialmente (seja na política, ou nas estruturas funcionais das igrejas), preferimos nos abster de tudo que possa ser criticado. Isto é uma atitude bem vista politicamente e, ao mesmo tempo, bem hipócrita.
A Igreja de Cristo, enquanto comunidade dos arrependidos, precisa necessariamente estar fundamentada em homens e mulheres que fazem da exposição de suas mazelas, uma bandeira. Não, não somos os santos que abandonaram as práticas do pecado e blábláblá, como muitos insistem em gritar nos bate-papo dos "santos".
Santidade é apenas um caminho. E santificados somos por fé, ao nos lembrarmos de para ONDE estamos caminhando.
Porém, a caminhada do evangelho é uma longa maratona. Não adianta se vangloriar de estar à frente nos primeiros dois quilômetros. A corrida ainda é longa e o que realmente conta é se conseguiremos ser constantes o suficiente para cruzarmos a linha de chegada.
Portanto, não devo esconder meus defeitos.
Pois é melhor começar mancando e terminar correndo, do que o contrário.
Exposição: uma necessidade
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