O Navegador

13/04/2010 15:20

 

Quem foi meu porto

Era também meu barco

Suspenso nos mares deste corpo

Fico; quando parto.

 

E busco como quem busca ar num mergulho:

Versos pra poesia

Das que encontro neste mar de entulho

Basta a que não existia

 

E das dores que não eram minhas

Só existe um verso: o reverso

Na poesia copiada de outras linhas

Só um caminho: o descaminho

 

E tudo isso é real,

Como real é o leme

E é real o navegador

 

E não sei se por gravidade do destino

Ou capricho das águas, fui ter com meu ofício

Sem os braços em tantos barcos sem motor.

 

Quem foi meu porto

Era também meu barco

Suspenso nos mares deste corpo

Fico; quando parto.

 

E busco como quem busca ar num mergulho:

Versos pra poesia

Das que encontro neste mar de entulho

Basta a que não existia

 

E das dores que não eram minhas

Só existe um verso: o reverso

Na poesia copiada de outras linhas

Só um caminho: o descaminho

 

E tudo isso é real,

Como real é o leme

E é real o navegador

 

E não sei se por gravidade do destino

Ou capricho das águas, fui ter com meu ofício

Sem os braços em tantos barcos sem motor.

 

 

Quem foi meu porto

Era também meu barco

Suspenso nos mares deste corpo

Fico; quando parto.

 

E busco como quem busca ar num mergulho:

Versos pra poesia

Das que encontro neste mar de entulho

Basta a que não existia

 

E das dores que não eram minhas

Só existe um verso: o reverso

Na poesia copiada de outras linhas

Só um caminho: o descaminho

 

E tudo isso é real,

Como real é o leme

E é real o navegador

 

E não sei se por gravidade do destino

Ou capricho das águas, fui ter com meu ofício

Sem os braços em tantos barcos sem motor.

 

João Paulo

Imagem:  Salvador Dali – A Caravela